A dificuldade em controlar as emoções pode ser um sinal de Borderline, um tipo de transtorno de personalidade conhecido também como limítrofe. Por exemplo, um momento de felicidade pode se transformar em um ataque de fúria em poucos minutos quando a pessoa vê algo que lhe incomoda.
Esse comportamento impulsivo pode ter resultados perigosos, como agressão verbal e até mesmo física. Em seguida, o sentimento de culpa pode tomar conta, levando a pessoa a beber e até se automutilar por raiva de si mesmo. Quem recebeu o diagnóstico de Bordeline ou convive com alguém nessa condição sabe que certas emoções exaltadas podem levar a pessoa do céu ao inverno.
O que é Transtorno de Personalidade Borderline?
O Borderline é um transtorno mental caracterizado pela dificuldade em regular as emoções. Essa dificuldade causa mudanças acentuadas de humor, impulsividade e instabilidade, problemas de autoestima e relações interpessoais instáveis.
Além disso, autoimagem distorcida, afetando valores, opiniões, objetivos e relacionamentos. Também pode haver tentativas frenéticas de evitar situações de abandono real ou imaginário. Isso pode levar a comportamentos destrutivos, como tentativas de suicídio.
Sintomas
– Gastos excessivos, abuso de substâncias psicoativas, sexo inseguro ou direção imprudente;
– Períodos de ansiedade ou irritabilidade intensa que pode levar horas ou dias;
– Sentimentos crônicos de tédio ou vazio;
– Sintomas dissociativos: desconexão de pensamentos, ideação paranoica, crise de identidade ou ter a sensação de estar “fora do corpo”.
Causas
As causas do transtorno de personalidade limítrofe não são totalmente compreendidas, mas os cientistas concordam que é o resultado de uma combinação de fatores:
Genética: embora não haja um gene específico que possa causar essa doença mental, o Borderline é considerado hereditário porque geralmente se manifesta em pessoas que têm um parente próximo com esse transtorno.
Fatores ambientais: as pessoas que vivenciam eventos traumáticos no decorrer da vida, como abuso sexual ou violência física durante a infância, por exemplo, correm maior risco de desenvolver o transtorno.
Funções cerebrais: as regiões do cérebro que controlam as emoções e a tomada de decisão/julgamento podem não se comunicar bem umas com as outras.
Tratamento
O diagnóstico de Borderline é baseado em uma série de sintomas. Geralmente, após uma avaliação completa, o médico psiquiatra indica psicoterapia e medicação para o tratamento de Borderline.
A Terapia Comportamental Dialética, por exemplo, se concentra no ensino de habilidades de enfrentamento para combater impulsos destrutivos, regular emoções e melhorar relacionamentos.
Já a terapia cognitivo-comportamental ajuda a mudar o pensamento e o comportamento negativo associado ao transtorno de personalidade Borderline. Quando a psicoterapia e a medicação não são suficientes, a hospitalização pode ser necessária.