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Você conhece a Mina de HQ?

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Ao longo de várias décadas, os quadrinhos serviram como um meio importante não apenas para o entretenimento de várias gerações de pessoas, mas também surgiram como uma ferramenta importante para fazermos uma reflexão, como sociedade, sobre vários assuntos que permeiam o nosso cotidiano, ampliando o escopo de suas histórias (antes voltadas a um público infantil e infanto-juvenil) para um público mais adulto com abordagens sobre temas, como: amor, sexualidade, maternidade, política, saúde, feminismo e diversidade.

Hoje, o mercado dos quadrinhos é gigantesco no mundo todo e no Brasil não é diferente. Dessa forma, a Mina de HQ tornou-se um marco importante no cenário dos quadrinhos brasileiros não só pelo impacto que trouxe em relação à representatividade, mas também na cobertura e divulgação de HQs produzidas por mulheres, pois essa é ainda uma área muito marcada pelo domínio de escritores e desenhistas masculinos.

O que é a Mina do HQ?

Criada pela jornalista/editora Gabriela Borges e lançada em 2015, a Mina de HQ é uma mídia plataforma que está entre os canais de cultura pop e nerd sobre gênero mais relevantes do Brasil.

“Tem muitas pessoas quadrinistas incríveis no Brasil e no mundo, publicando principalmente na internet. Mas, no “mainstream”, onde está o dinheiro e o reconhecimento mais tradicional, esses trabalhos e esses artistas seguem invisibilizados e ainda falta um interesse real das editoras brasileiras em publicarem artistas mais diversos e dos prêmios reconhecerem esses trabalhos”, afirma Gabriela Borges.

Homenageada por prêmios importantes como HQMIX e Ângelo Agostini (ganhando também uma indicação ao Prêmio Jabuti, na categoria de incentivo à leitura), a sua produção totalmente independente reúne pesquisa, curadoria, HQs e conteúdo customizado, com a organização de cursos e eventos, além da divulgação de histórias em quadrinhos sobre o universo feminino feitas por mulheres, mulheres cis, pessoas trans e não binárias.

“Acho que o papel da Mina de HQ é dar esse chacoalhão no mercado, essa cobrança para os organizadores de eventos e editores, de mostrar o papel da diversidade”, diz Gabriela Borges.

Uma nova história a ser contada nas HQs

Já na sua 4ª edição, a publicação reúne tirinhas exclusivas de artistas como Grazi Fonseca, Marília Marz, PriWi, Raquel Teixeira, Helena Cunha e Raphaela Corsi. Além disso, a revista traz histórias inéditas e mais longas, uma com roteiro de Milena Azevedo e arte de Sophia Andreazza e outra assinada por Magô Pool.

Gegê Schall (autora da HQ “Made in Korea”) assina a capa da revista. “Acho o trabalho da Gegê muito incrível, que admiro bastante. Ele propõe um debate muito interessante, que está muito alinhado com a Mina de HQ”, diz Gabriela Borges. “Também acho importante poder contar com uma artista trans, com grande reconhecimento no mercado internacional”.  

A nova edição da revista está em pré-venda até o dia 23 de outubro no Catarse. Ajude a financiar esse projeto extremamente relevante: https://apoia.se/minadehq .

Vale a pena apoiar e conferir esse importante trabalho!